Sem título

N.º Inv.
ADD326
Data
c. 1990
Materiais e técnicas
Lápis de cor e caneta de feltro sobre papel impresso
Medidas
38,5 x 31,9 cm (suporte) 20 x 20,9 cm (mancha)
Proveniência
Col. Maria Arlete Alves da Silva
Inscrições

«para a Arlete do AD»
[frente, margem inferior ao centro]

Esta obra, de 1990, foi oferecida pelo pintor, com dedicatória, a Maria Arlete Alves da Silva, esposa de Manuel de Brito, fundador da Galeria 111. Foi apresentada pela primeira vez em 2008, na exposição antológica de António Dacosta, partindo da coleção de Manuel de Brito, «António Dacosta no CAMB». Sobre este desenho escreveu José Luís Porfírio: «[…] é um derradeiro desenho inscrito sobre uma dupla reprodução de dois folios de um manuscrito que inclui um retrato de Camões; é sob esse retrato que figura um desenho mostrando um fio ligando uma caveira a uma mão e, entre as duas, cortando o fio, uma tesoura; o fio é o fio da vida e a tesoura “abominável” que o corta é manejada por Átropos, a mais temida das três Parcas. A escolha de um suporte tão camoniano lembra imediatamente o Canto I dos Lusíadas, “aqueles que por obras valerosas se vão da lei da morte libertando”, porventura com alguma da auto-ironia, que Dacosta sempre praticou. Esta obra, mesmo dos últimos dias do artista, vem iluminar toda uma série de referências iconográficas que desde sempre atravessam o seu trabalho: a caveira que encontramos como parte de uma composição, mas que também pode acontecer isolada e que aparece no Encontro do Poeta com a Morte (1941?) onde o poeta é um cavaleiro que pára, baixa a sua lança e medita. Debruçado sobre os sinais da morte, a caveira, a espada, o sangue, o cavaleiro enfrenta ainda o busto (do filósofo?) e uma ave (fénix?) que parece nascer a partir de uma explosão ou de um pequeno incêndio colorido, isto enquanto, num segundo plano, um velho ampara uma mulher que segura uma chave – a chave? Sem tesoura nem Parcas, este complexo guache aponta para um caminho suspenso ou interrompido» (António Dacosta 1914 | 2014, 2014, p. 51).


Exposições

  • Coletiva

O Afeto

2017 / Centro de Arte Manuel de Brito - Palácio dos Anjos, Algés, Oeiras


Bibliografia

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