Sendo uma das obras apresentadas na exposição individual que marcou o retorno de António Dacosta, em 1983, na Galeria 111, esta obra aparece no respetivo catálogo com o título Esfinge entre Limões. Foi enquadrada na coleção desta galeria e foi mais tarde adquirida por Victor Pinto da Fonseca.

Nesta pintura, a forma triangular que na obra do pintor se associava à série Memória, faz aqui alusão a outra ancestralidade: as pirâmides do Antigo Egipto. Acompanhada da respetiva Esfinge, a pintura anuncia atrações mais enigmáticas, de culto do sagrado e da morte, que poucos anos depois a sua obra iria revelar. Contudo, a cor vibrante, sobretudo com a aparição dos limões amarelos, manifesta ainda uma dimensão festiva e lúdica que condiz com esta fase do pintor.