- Conhece o jornalista português exilado Joaquim Novais-Teixeira (1899-1972), que se torna um dos companheiros mais próximos de António Dacosta, tendo-o ajudado em diversas ocasiões, e com quem partilha um apartamento no n.º 3, Rue des Renaudes, perto de l’Etoile, em Paris. Este enorme e luxuoso apartamento foi-lhes emprestado por Tomás Ribeiro Colaço, jornalista que se opusera ao regime e se exilara no Brasil, e que recebera a casa de Olga Morais Sarmento, senhora ilustre da vida portuguesa, que ficara famosa nas primeiras décadas do século XX pelos convívios mundanos e artísticos que chegaram a ser frequentados pela própria Rainha D. Amélia. Olga Morais Sarmento era muita amiga da irmã de Tomás Ribeiro Colaço, de nome Ana de Gonta Colaço, com quem vivera, e fizera herdeiro o irmão desta. No salão desta casa, que fora também espaço de encontros mundanos e culturais, havia um piano de cauda que estava assinado em grafite por vários pianistas famosos.
- Envia dois quadros para a exposição do Grupo Surrealista de Lisboa, sendo um deles adquirido por Almada Negreiros (Cuidado com os Filhos) e o outro, entretanto desaparecido, pelo poeta e jornalista António Neves Pedro (Espaço Ocupado). Estas pinturas sinalizavam a interrupção de uma prática regular da pintura. A exposição foi efetuada no antigo atelier de António Pedro, que tinha sido a morada de Dacosta nos últimos anos lisboetas.
- Prepara cartões para tapeçarias para o Hôtel du Quai Voltaire (desaparecidas) que terão sido aí expostos.