A guerra de que tanto se falava

«A guerra de que tanto se falava e de que tão poucas notícias certas chegavam, não se encontrava longe e cenas dramáticas aconteciam nas zonas de fronteira onde os espanhóis buscavam refúgio. Dacosta guardava delas uma nítida memória, quando das suas estadas com Pedro em Moledo. A memória do horror bélico e das suas inapagáveis sequelas constitui o assunto fulcral da pintura mais antiga apresentada por António Dacosta na Casa Repe, Diálogo. O expressionismo de raiz picassiana com que cada forma é individualmente tratada encontra uma solução própria no enquadramento paisagístico da cena, apresentado sempre como o lugar do enigma, e no carácter simbólico conferido a cada elemento. Todavia, a maneira como estes se articulam entre si, impõe à composição uma sobre-codificação, na qual se resolve a sua natureza surrealista.»

(Maria Jesús Ávila in Surrealismo em Portugal…, p. 27)


Bibliografia


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