Recordar Eduardo Lourenço através de imagens e das palavras do grande pensador, ensaísta e filósofo que tanto pensou Portugal e os portugueses.

 

Eduardo Lourenço, filósofo e ensaísta português nascido em S. Pedro de Rio Seco, Guarda, a 23 de maio de 1923, lecionou em diversas universidades, de Coimbra a Brasília, passando por Hamburgo, Heidelberg, Montpellier, Grenoble e Nice. Colaborador de longa data da Fundação Calouste Gulbenkian, foi seu administrador não executivo entre 2002 e 2012.

Recebeu, ao longo da sua vida, numerosas distinções, entre as quais o Prémio Europeu de Ensaio Charles Veillon (1988), o Prémio Camões (1996), o Prémio Pessoa (2011) e o Prémio da Academia Francesa (2016). Entre outras condecorações, foi agraciado com as Grã-Cruz da Ordem de Sant’Iago da Espada da Ordem do Infante D. Henrique e da Ordem da Liberdade. Foi ainda nomeado Officier de la Légion d’Honneur e consagrado Doutor Honoris Causa pelas Universidades do Rio de Janeiro (1995), Universidade de Coimbra (1996), Universidade Nova de Lisboa (1998) e Universidade de Bolonha (2006).

Eduardo Lourenço e o universalismo português

Em 2014, numa entrevista concedida a Nuno Grande, que preparava a exposição “Les universalistes, 50 ans d’architecture portugaise”, concebida para celebrar os 50 anos da Delegação da Fundação Calouste Gulbenkian em França, Eduardo Lourenço abordava um dos seus temas de eleição: Portugal e os portugueses – e aqui, em particular, o universalismo e o pensamento universal português, Portugal como um país de cruzamento cultural ou a ideia de Montaigne, que Eduardo Lourenço cita, de que Chaque homme porte la forme entière de l’humaine condition, do capítulo “Do arrependimento” do livro terceiro dos ensaios de Montaigne (“Cada homem transporta em si a forma inteira da condição humana”).

 

 

Publicações

A Fundação, onde Eduardo Lourenço manteve sempre um gabinete, continua a publicar as suas obras, dedicadas a uma grande variedade de temas – filosóficos, políticos, culturais, religiosos e literários. Os livros podem ser adquiridos na loja da Fundação Calouste Gulbenkian.

 

Próximas publicações previstas

Jorge de Sena – Contemporâneo Capital
Segundo Paraíso – Do Cinema como Ficção do nosso Sobrenatural
Pessoa Revisitado II – Crítica Pessoana
O Labirinto da Saudade e outros Ensaios sobre a Cultura Portuguesa

In Memoriam

“Pensador de espírito livre e olhar profundo, aberto e sempre diferente sobre as questões, o Professor Eduardo Lourenço deu, ao longo dos anos, um importante contributo na forma de se pensar o destino português”

Assim reagiu a Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Isabel Mota, à notícia da morte, no dia 1 de dezembro, do filósofo, pensador e ensaísta português que foi colaborador de longa data da Fundação.

Expressando o profundo pesar do Conselho de Administração, recorda “um amigo”, do qual destaca “a sua imensa cultura, alavancada por uma enorme sede de conhecimento e interesse pelo sentido das coisas, o seu amor pela História, o seu discreto sentido de humor, tão característico dos homens de grande sabedoria.” “Uma referência que há de permanecer em nós apesar de, neste momento, deixar a Fundação Calouste Gulbenkian de luto”, conclui.


Palavras de despedida

Eduardo Lourenço, a voz necessária e sempre ouvida

As palavras de Isabel Mota na missa fúnebre de Eduardo Lourenço.

Download do discurso (PDF 137KB)

 

“As palavras que Eduardo Lourenço nos iluminou”

Homilia do cardeal José Tolentino de Mendonça na missa fúnebre de Eduardo Lourenço.

Download do discurso (PDF 79KB)

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