2ª ed.

Obra completa I: Filosofia e história da filosofia: 1916-1934

Joaquim de Carvalho

Edição digital

Acesso aberto

Joaquim de Carvalho (Figueira da Foz, 1892 – Coimbra, 1958), licenciado em Direito e em Letras pela Universidade de Coimbra, doutorou-se em 1917 nesta Faculdade, com uma tese sobre António de Gouveia e o Aristotelismo da Renascença. Em 1918 publicou a sua tese sobre Leão Hebreu Filósofo, com a qual ascendeu ao magistério universitário. Até à data da sua morte nunca deixou de ensinar e de investigar no domínio da história do pensamento filosófico em Portugal e na Europa, tendo-se distinguido como um dos maiores mestres da velha Alma Mater e certamente o maior historiador da cultura portuguesa do século XX.

Como administrador da Imprensa da Universidade de Coimbra, promoveu de 1921 a 1934 – data da sua extinção – a publicação de muitas dezenas de trabalhos importantíssimos. Fundou e dirigiu uma Biblioteca Filosófica que a Livraria Atlântida editou e uma Revista Filosófica que durou oito anos e desapareceu com ele.

Estudioso do pensamento de Pedro Nunes, Francisco Sanches, Luís António Verney e Antero de Quental, estendeu a muitos outros autores a sua curiosidade intelectual, tendo-nos deixado uma obra de profunda reflexão filosófica, de pesquisa histórica e de especulação crítica cuja importância lhe deu um prestígio incomparável, não apenas entre nós mas também nos países mais cultos da Europa e da América.

Como historiador da Filosofia e da Cultura, o seu legado é incomparável, tanto na vastidão dos conhecimentos como na profundidade e na originalidade com que os organizou, sempre com o mais escrupuloso respeito das perspetivas sincrónicas da evolução das ideias e dos factos culturais.

Joaquim de Carvalho não foi, portanto, apenas um grande mestre universitário, mas também um mestre de patriotismo, que não é de maneira nenhuma incompatível com o universalismo humanista. Como cidadão, preconizou sempre a mais larga tolerância, o respeito pelas opiniões alheias, na certeza de que todas as antíteses ideológicas são suscetíveis de composição, através da discussão civilizada e da controvérsia não inamistosa.

 

(Da introdução de José V. de Pina Martins)


Ficha técnica

Outras Responsabilidades:

Pref. de José V. de Pina Martins

Coordenação editorial:
undação Calouste Gulbenkian. Serviço de Educação
Editado:
Lisboa, 1992
Páginas:
Tomo 1, vol. 1, 350 p.
ISBN:
972-31-0247-1
Atualização em 08 maio 2021

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