Dança Húngara n.º 5 de Brahms

Orquestra Gulbenkian / Mihhail Gerts

Orquestra Gulbenkian
Mihhail Gerts Maestro

Johannes Brahms (1833 – 1897)      
Dança Húngara n.º 5, em Sol menor

O interesse do compositor alemão Johannes Brahms pela música húngara manifesta-se por volta de 1850, quando travou amizade com o violinista Eduard Reményi que o introduziu na música cigana. A amizade e a relação profissional resultaram em várias colaborações, incluindo uma digressão em 1852. O entusiasmo de Brahms pelos ritmos e melodias húngaros surgiu igualmente nos saraus com amigos, onde improvisava frequentemente ao piano sobre temas tradicionais.

As Danças Húngaras de Brahms foram escritas entre 1852 e 1869, formando originalmente um conjunto de 21 peças para piano a quatro mãos, publicadas em quatro livros, em 1869 e 1880. Apenas as Danças 1, 3 e a 10 foram alvo de arranjo orquestral por parte de Brahms, tendo outras peças sido posteriormente orquestradas por vários autores, nomeadamente por Martin Schmeling (1864-1943) que orquestrou as Danças 5 a 7. A Dança n.º 5 é a mais famosa; uma melodia viva e alegre, baseada nas czardas Bartfai emlék (Memórias de Bártfa) do compositor húngaro Béla Kéler, mas que Brahms julgou ser de origem tradicional. Apesar da sua designação, e tirando as melodias compostas pelo próprio Brahms, estas Danças não resultam de uma recolha do folclore húngaro. Evidenciam alguma influência da música tradicional que, no entanto, o compositor abordou de forma estilizada ou usou como inspiração para criar as suas próprias melodias e composições.

Miguel Martins Ribeiro

Atualização em 04 março 2022

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