Sete Lágrimas

…embora o nome prometa lágrimas, convidadas pouco aprazíveis nestes tempos de alegria, são sem dúvida agradáveis as lágrimas que a música chora, nem sempre vertidas em tristeza mas também em alegria. Permita a vossa graciosa protecção a estes aguaceiros de harmonia que sejam metamorfoseados em verdadeiras lágrimas. [trad. livre] — John Dowland (?1563-1626) in Lachrimæ or seaven teares…, Londres, 1604

Fundado em Lisboa, em 1999, por Filipe Faria e Sérgio Peixoto, Sete Lágrimas assume o nome da inovadora coleção de danças do compositor renascentista John Dowland (?1563-1626) publicadas por John Windet em 1604 quando o compositor era alaudista de Cristiano IV da Dinamarca (1577-1648).

Profundamente dedicados aos diálogos da Música Antiga com a contemporaneidade ­­– bem como da música erudita com as tradições seculares –, Sete Lágrimas junta músicos de diferentes horizontes musicais em torno de projetos conceptuais animados tanto por profundas investigações musicológicas como por processos de inovação, irreverência e criatividade em torno dos sons, instrumentário e memórias da Música Antiga.

Nestes projetos são identificáveis os diálogos entre a música erudita e a popular, entre a Música Antiga e a contemporânea e entre a secular diáspora portuguesa dos Descobrimentos e o eixo latino mediterrânico, convertidos em som através da interpretação dos cânones performativos da Música Antiga como de uma aproximação a elementos definidores da música world music.

Desde a sua fundação, o grupo desenvolve uma intensa atividade concertística nas mais relevantes salas e festivais de Portugal, Bulgária, Itália, Malta, Espanha, China, Suécia, França, Bélgica, Noruega, República Checa, Luxemburgo e Alemanha.

Em Portugal como no estrangeiro, as temporadas de concertos e a sua extensa discografia são elogiados pela crítica e pelo público. Os seus treze títulos – “Lachrimæ #1” (2007), “Kleine Musik” (2008), “Diaspora.pt: Diáspora, vol.1” (2008), “Silêncio” (2009), “Pedra Irregular” (2010), “Vento” (2010), “Terra: Diáspora, vol.2” (2011), “En tus brazos una noche” (2012), “Península: Diáspora. vol.3” (2013), “Cantiga” (2014), “Missa Mínima” (2016), “Um dia normal” (2015) e “Twentie Yeares in Seaven Teares” (2021), livro comemorativo do 20.º aniversário do consort – recebem, frequentemente, o número máximo de estrelas (5 em 5), Escolha do Editor, Melhor do Ano, etc., nos principais jornais, rádios e revistas de Portugal. Internacionalmente destacam-se as críticas discográficas e de concerto na International Record Review, Doce Notas, Aftonbladet, Novinky, Opera PLUS, Svenska Dagbladet, Lute News, Goldberg, etc.

A convite da Philharmonie Luxembourg, Sete Lágrimas desenvolve, nas Temporadas 2018 a 2021, o projeto trilogia “Les nouvelles aventures des Explorateurs d’après Peregrinacão de Fernão Mendes Pinto”, à volta do seu universo criativo e musical, com o encenador e dramaturgo Benjamin Prins (França), a dramaturga Pénélope Driant (França), a cenógrafa e figurinista Nina Ball (Áustria) e os atores e bailarinos Jan Bastel (Alemanha), Nestor Kouame Dit Solvis (Costa do Marfim), Sabine Novel (França), Winnie Dias (Brasil), Alexandre Martin-Varoy (França), Alexander Fend (Áustria) e Fábio Krayze (Angola).

Sete Lágrimas conta com o apoio do Ministério da Cultura (Governo de Portugal) e da Direcção-Geral das Artes, desde 2003, e do Município de Idanha-a-Nova – UNESCO Creative City of Music, desde 2012. É representado e editado pela Arte das Musas.

Atualização em 12 outubro 2021

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