• Egito ou Síria, período Mameluco, primeira metade do século XIV
  • Vidro esmaltado e dourado 
  • Inv. 2378

Vaso

Do ponto de vista formal, este objeto, de perfil cilíndrico, mais largo no topo, é o vaso de maiores dimensões em vidro esmaltado e dourado da época mameluca (1250-1517). As suas proporções sugerem uma função cerimonial ou uma oferta de prestígio. A decoração, em vários registos, de aves míticas e reais, é invulgar. 

No registo superior, uma fénix de plumagem colorida e um abutre, sobrevoam uma poupa (tradicionalmente associada à realeza no Médio Oriente), um par de gansos, um papagaio e um açor atacando um pato; no registo inferior observa-se uma pega e uma ave doméstica. Este conjunto de aves, em redor do vaso, está desenhado de forma livre de ambos os lados. Os vários registos sugerem claramente uma hierarquia dominada pela fénix.

A técnica do vidro esmaltado e dourado, em que os vidreiros sírios foram famosos, é considerada uma das principais contribuições do Islão para a arte do vidro.

Coleção Georges Eumorfopoulos (adquirida na China, c. 1918). Adquirida por Calouste Gulbenkian, por intermédio de Giraud-Badin, Sotheby's, Londres, 5-6 junho de 1940.

A. 33,5 cm; Ø base 15 cm

Washington D. C. 1975

Esin Atil, Art of the Arab World, catálogo de exposição. Washington, D. C.:Smithsonian Institution, 1975, p. 122.

Pinder-Wilson 1976

Ralph Pinder-Wilson, 'Elegance and Ornament in Islamic Glass', Apollo, vol. CIII, n.º 170, 1976, p. 215.

London 1976

The Arts of Islam, catálogo de exposição. Londres: The Arts Council of Great Britain (Hayward Gallery), 1976, p. 145, n.º 142.

Goffen 1995

Rona Goffen (ed.), Museums Discovered. The Calouste Gulbenkian Museum. Fort Lauderdale, Florida: Woodbine Books, 1995, pp. 180-181.

Ribeiro e Hallett 1999

Maria Queiroz Ribeiro e Jessica Hallett, Os Vidros da Dinastia Mameluca no Museu Calouste Gulbenkian / Mamluk Glass in the Calouste Gulbenkian Museum. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian, 1999, pp. 60-70, 106-107, n.º 1.

Lisboa 2001

Museu Calouste Gulbenkian. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian, 2001, p. 35, cat. 18.

Atualização em 14 junho 2022

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