• França, c. 1898-1899
  • Ouro e esmalte
  • Inv. 1216

Peitoral «Serpentes»

René Lalique

Esta joia pode considerar-se um dos paradigmas da produção joalheira de René Lalique, não só pela mestria da sua execução, como pela temática escolhida. Os répteis serão efetivamente motivo de inspiração que Lalique irá trabalhar um pouco ao longo de toda a sua vida, tanto ao nível da joalharia como da sua produção vidreira, de bronzes, etc.

As nove serpentes que constituem este peitoral encontram-se entrelaçadas formando um nó de onde pendem, em cascata, os corpos de oito delas, erguendo-se a nona, ao centro, no topo superior da joia. Os répteis, em posição de ataque, apresentam as bocas abertas de onde, possivelmente, poderiam pender fiadas de pérolas como acontecia na peça cujo paradeiro hoje se desconhece e de que esta é, provavelmente, a única réplica existente. Aquela figurou, em lugar de destaque, na Exposição Universal de Paris em 1900, tal como nos surge reproduzida numa publicação da época.

Adquirida por Calouste Gulbenkian a René Lalique, fevereiro de 1908.

A. 21 cm; L. 14,3 cm

Barten 1977

Sigrid Barten, René Lalique. Schmuck und Objets d’art, 1890-1910. Munique: Prestel-Verlag, 1977, p. 392, n.º 947.

Becker 1985

Vivienne Becker, Art Nouveau Jewellery. London: Thames & Hudson, 1985, est. 59.

Shuker 1995

Karl Shuker, Dragons. A Natural History. Londres: Simon & Schuster, 1995, p. 106.

Nissenson e Jonas 1995

Marilyn Nissenson e Susan Jonas, Snake Charm. Nova Iorque: H. N. Abrams, 1995, p. 112, 114-115.

Goffen 1995

Rona Goffen (ed.), Museums Discovered. The Calouste Gulbenkian Museum. Fort Lauderdale, Florida: Woodbine Books, 1995, p. 155.

Ferreira 1997

Maria Teresa Gomes Ferreira, Lalique. Jóias. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian, 1997, p. 240-241, cat. 65.

Nova Iorque 1999

Katharine Baetjer e James David Draper (eds.), «Only the Best». Masterpieces of the Calouste Gulbenkian Museum, Lisbon, catálogo de exposição. Nova Iorque: The Metropolitan Museum of Art, 1999, p. 150-151, cat. 72.

Lisboa 2001

Museu Calouste Gulbenkian. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian, 2001, p. 172, cat. 148.

Lisboa 2011

Museu Calouste Gulbenkian. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian, 2011, p. 195, cat. 174.

Atualização em 01 junho 2022

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