Maria Antonieta

Uma coleção com histórias: em 2020, partilhámos semanalmente uma história sobre a coleção de Calouste Gulbenkian. O mês de março foi dedicado às histórias de mulheres.
19 mar 2020

Arquiduquesa da Áustria e rainha consorte de França e Navarra, Maria Antonieta é possivelmente a mulher mais famosa com presença no Museu Calouste Gulbenkian, relacionando-se com mais do que uma obra da Coleção.

Em 1770, com apenas 14 anos, Maria Antonieta foi enviada para França para casar com o delfim, o futuro rei Luís XVI, numa tentativa de apaziguar o clima de guerra entre os dois reinos. Após ascender ao trono, o marido presenteou-a com um pequeno palácio no parque de Versalhes, o Petit Trianon. Luxuosamente decorado, era o lugar onde a rainha se refugiava das obrigações da corte e onde apenas entravam os membros do seu círculo mais próximo. A decoração incluía um par de candelabros de parede, que Gulbenkian adquiriu em 1923 e cuja distribuição aparentemente espontânea dos elementos naturais, que dissimulam as linhas retas, ficou conhecida como «estilo Maria Antonieta».

Maria Antonieta esteve envolvida em vários escândalos, tendo sido acusada de promiscuidade, de promover a corte austríaca e de esbanjar o dinheiro do reino, que conheceu uma grave crise económica durante o período em que governou. Embora se conheçam testemunhos da sua bondade e do seu bom caráter, a rainha tornou-se símbolo de tudo o que estava errado com a monarquia francesa e alguns historiadores acreditam que teve um papel crucial no rumo da Revolução Francesa. Em 1793, após ter sido declarada a abolição da monarquia, Luís XVI e Maria Antonieta foram julgados e sentenciados à morte na guilhotina.

Apesar das opiniões contraditórias acerca da rainha, Maria Antonieta tornou-se um ícone da cultura popular, associada à ostentação e à moda, e a sua vida foi contada de diferentes perspetivas em vários livros, filmes e programas de televisão. A rainha inspirou também vários músicos e designers de moda, que criaram as suas peças em torno do imaginário da sua figura.

Georges Jacob, Cadeira de braços, c. 1785-1786. Museu Calouste Gulbenkian
Pièrre-Philippe Thomire, Candelabro de parede (de um par), c. 1787-1788. Museu Calouste Gulbenkian

Para além dos candelabros de parede, Calouste Gulbenkian adquiriu uma cadeira de braços que pertenceu à rainha, outrora parte de um conjunto da autoria do mestre-marceneiro Georges Jacob, hoje desaparecido. Uma outra peça da Coleção, uma mesa secretária encomendada para os aposentos de Madame du Barry, favorita de Luís XV, passou pelas mãos da rainha, que a ofereceu à sua irmã Maria Carolina de Nápoles.


Uma Coleção com Histórias

Em 2020, partilhámos semanalmente uma história sobre a coleção de Calouste Gulbenkian. Os artigos desta rubrica referem-se à coleção do Museu Calouste Gulbenkian como Coleção do Fundador.

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