Yto Barrada

Moi je suis la langue et vous êtes les dents

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Data

08 fev – 06 mai 2019
  • Encerra à Terça

Local

Coleção Moderna – Espaço Projeto R. Dr. Nicolau Bettencourt, Lisboa
O projeto de Yto Barrada tem como ponto de partida a figura singular e trágica de Thérèse Rivière. Na década de 1930, a etnóloga francesa rumou à Argélia, às montanhas do Aurès, para estudar a etnia berbere Chaouis.

Yto Barrada (Paris, 1971) é uma artista franco-marroquina que tem desenvolvido uma obra fortemente marcada pelas narrativas da história e das identidades, sobretudo a marroquina, na sua relação com o passado colonial e pós-colonial, uma geografia onde convergem o Sul e o Este, na sua relação com o Ocidente.

A artista traz ao Espaço Projeto um conjunto de trabalhos, alguns inéditos, que explora e prossegue o seu interesse pela figura histórica, singular e «trágica» da etnóloga francesa Thérèse Rivière (Paris, 1901-1970).

Entre 1935 e 1936, Rivière parte para a Argélia para estudar a etnia berbere Chaouias, na região dos Aurès. Os cadernos de anotações, desenhos e fotografias que produz, bem como a coleção de materiais e objetos que reúne, que se centram no quotidiano das mulheres e crianças, serão esquecidos, «apagados».

São estas narrativas e objetos «silenciados» que Yto Barrada resgata – que engole e regurgita –, num gesto de identificação e resistência contra a despossessão da palavra (da língua), seja ela a do sujeito colonizado ou a fundada na desigualdade de género, que podemos ver na obra Objets indociles (em cima).

A esta trama da História, Yto entrelaça narrativas familiares, as da sua própria família, numa ida e volta constante entre a história e as memórias individuais, como nas fotografias dos cadernos de anotação da avó (Telephone Books, em baixo) que, não escolarizada, criou uma linguagem de signos gráficos para identificar e registar os contactos dos seus familiares.

Sonia Delaunay, «Coeur à Gaz», 1923. Inv. GE104
Sonia Delaunay,
«Le Coeur à Gaz», 1923. Centro de Arte Moderna
«Le Coeur à Gaz», 1923. Centro de Arte Moderna
José de Almada Negreiros, «Figurino para o bailado "A Princesa dos Sapatos de Ferro"», 1918. Inv. DP3338
«Figurino», 1918. Centro de Arte Moderna
José de Almada Negreiros, «Figurino», 1918. Inv. DP180
«Le Coeur à Gaz», 1923. Centro de Arte Moderna

Yto Barrada vive e trabalha em Nova Iorque. Foi cofundadora da Cinemateca de Tanger. Expõe regularmente desde 2003 em museus e instituições internacionais como o Walker Art Center (Minneapolis), o Barbican Centre (Londres), o Witte de With (Roterdão), Fundaciò Tàpies (Barcelona), o Jeu de Paume e o Centre Georges Pompidou (Paris), o Haus der Kunst (Munique), o MoMA (São Francisco e Nova Iorque), e a Bienal de Veneza (2007 e 2011).

Curadoria: Rita Fabiana


À conversa com a curadora Rita Fabiana e a artista Yto Barrada
Sexta, 8 fevereiro, 17:00
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À conversa com a curadora Rita Fabiana
Sexta, 8 março, 17:00
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Diálogo entre alguns objetos indisciplinados de Yto Barrada
Quarta, 13 março, 13:30
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Visitas para escolas e grupos organizados

Mediante marcação prévia
217 823 800 (dias úteis das 10:00 às 13:00)
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