Seis aves aquáticas para procurar em julho e agosto

Um naturalista no Jardim Gulbenkian

Aproveite os dias de calor e tente encontrar estas seis espécies que lhe propomos, num passeio pelo Jardim ou noutros espaços pelo país.
Wilder 23 jul 2018 3 min
Um naturalista no Jardim Gulbenkian

Cerca de uma dezena das 43 espécies de aves que se encontram no Jardim Gulbenkian estão associadas aos lagos e cursos de água que refrescam este espaço verde, conta-nos João E. Rabaça no livro “As Aves do Jardim Gulbenkian”.

Esta relação com a água existe porque ali vão buscar alimento – é o caso das aves piscívoras (que comem peixe) – ou porque constroem os seus ninhos próximo do meio aquático.

Aproveite os dias de calor e tente encontrar estas seis espécies de aves aquáticas.

Garça-real

Ardea cinerea

© Diogo Oliveira

É uma ave de grande dimensão e aspeto imponente, com quase um metro de comprimento e um longo pescoço. Quem tiver a sorte de encontrar alguma destas garças, que por vezes frequentam o Jardim, pode ser que a observe como que paralisada, pacientemente à espera de caçar a presa, normalmente um peixe. Esta ave é comum em Portugal, onde se vê durante todo o ano.

Garça-nocturna

Nycticorax nycticorax 

© Diogo Oliveira

Também conhecida por goraz, esta garça, de tamanho médio e aspeto atarracado, é mais fácil de observar ao amanhecer ou no final da tarde. Mas pode aparecer de surpresa em outras horas do dia, discreta como uma estátua, empoleirada sobre um dos cursos de água do Jardim. Alimenta-se de peixes, rãs e insetos. Em Portugal, a garça é sobretudo uma visitante de verão, mas pensa-se que em Lisboa permanece de janeiro a dezembro.

Galinha-d’água

Gallinula chloropus

© Diogo Oliveira

Residente no Jardim Gulbenkian, onde faz ninho, a galinha-d’água é inconfundível, com a penugem escura, patas verdes e compridas e bico vermelho de ponta amarela. A partir de maio, podemos encontrar estas aves a deambular no relvado, acompanhadas pelas suas pequenas crias. Comem um pouco de tudo: insetos e outros invertebrados, pequenos vertebrados, frutos e partes verdes das plantas aquáticas.

Pato-real

Anas platyrhynchos

Anas platyrhynchos © Diogo Oliveira

É a espécie de pato mais comum em Portugal e uma das aves mais fáceis de encontrar junto à água. Os machos distinguem-se facilmente das fêmeas, com a penugem da cabeça verde e uma risca branca no pescoço, enquanto as fêmeas são todas acastanhadas. É uma delícia observar estas aves acompanhadas pelas suas ninhadas. Mas no Jardim há patos-reais em excesso, pelo que os visitantes não os devem alimentar – por mais atrativo que isso seja, têm os alimentos necessários na natureza.

Ganso-do-Egito

Alopochen aegyptiaca

Alopochen aegyptiaca © Diogo Oliveira

Originário de África, este pato que parece ter uma mascarilha em torno dos olhos, devido ao contorno acastanhado, é cada vez mais observado em Portugal. Pensa-se que terá sido introduzido na Europa (Inglaterra) no século XVIII.

Guarda-rios

Alcedo atthis

© Diogo Oliveira

Pequeno e rechonchudo, de tons coloridos onde predomina o azul, o guarda-rios faz lembrar uma ave tropical, mas na verdade está distribuído por quase toda a Europa. Por vezes, pode observar-se no Jardim, onde captura peixes com mergulhos na água em voo picado mas, por ser uma ave muito tímida e nervosa, é difícil de surpreender.

Série

Um naturalista no Jardim Gulbenkian

Uma vez por mês, ao longo de um ano, a revista Wilder revelou algo a não perder no Jardim Gulbenkian e lançou-lhe um desafio: descobrir e fotografar ou desenhar cada descoberta. No ano seguinte, a partir da biodiversidade do jardim, e com a ajuda de especialistas, respondemos a vários “como e porquê” de aves, insetos, mamíferos, anfíbios e plantas.

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