Exposição itinerante proposta e patrocinada pelo International Council, do Museum of Modern Art (MoMA), organizada pela Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) e apresentada na Zona de Congressos. Depois de ter sido apresentada noutros países, como a Checoslováquia, Dinamarca, Polónia, Jugoslávia, Itália e Espanha, a exposição terminava a sua itinerância europeia em Portugal.

Para a FCG, a vinda desta exposição a Portugal revestia-se de grande interesse, uma vez que, e nas palavras do diretor do Serviço de Belas-Artes da FCG, Artur Nobre de Gusmão, «não são frequentes as possibilidades de dispormos aqui de obras desta natureza e de artistas de tanta nomeada, mas também porque em matéria de design publicitário […] tem-se trabalhado entre nós à base de intuições inegavelmente valiosas, mas de que resulta uma acção de certo modo inglória e descontínua» (Apontamento do Serviço de Belas-Artes, 15 set. 1972, Arquivos Gulbenkian, SBA 15383).

A coleção, que fora exposta pela primeira vez em 1968 no MoMA de Nova Iorque, apresentando um conjunto de 1500 trabalhos originais, reunidos a partir de 1930, incluía obras de referência para a história das artes gráficas modernas, abarcando desde o final do século XIX à atualidade (Arte Nova, Expressionismo, Cubismo, Construtivismo, Dadaísmo, Surrealismo, Bauhaus…).

Entre os cartazes expostos, incluíam-se projetos de artistas destacados, como Henri Matisse (1864-1954), Toulouse-Lautrec (1864-1901), Pablo Picasso (1881-1973), Georges Braque (1882-1963), El Lissitzky (1890-1941), Jean Dubuffet (1901-1985), Joan Miró (1893-1983), Frank Stella (1936), Robert Indiana (1928-2018), entre outros.

O catálogo, amplamente elogiado na imprensa nacional, é composto por uma capa, que inclui um folheto, com o texto de apresentação da exposição assinado por Mildred Constantine, conservadora-adjunta de artes gráficas do departamento de arquitetura e design do MoMA, e a reprodução, a preto-e-branco, dos 73 cartazes expostos.

Filipa Coimbra, 2016