Resultados do Estudo serológico em Almeirim

Amostra aleatória populacional do concelho e profissionais de saúde na linha da frente entre os testados.
Laboratório
22 jul 2020

A Câmara Municipal de Almeirim, em colaboração com o Agrupamento dos Centros de Saúde da Lezíria e o Instituto Gulbenkian de Ciência, realizou um estudo serológico à covid-19 para determinar se a população estivera exposta ao vírus. Para Pedro Ribeiro, Presidente da Câmara Municipal de Almeirim, “só podemos atuar estrategicamente se conhecermos a realidade da nossa população. A colaboração entre as diferentes estruturas é fundamental na resposta tática e preventiva para minimizar os efeitos da atual pandemia”.

No total foram testadas 553 pessoas: 270 pessoas (1,16% da população) uma amostra aleatória da população, que pertence a 121 alojamentos (0,99% dos alojamentos listados no Município de Almeirim), 200 profissionais de saúde de primeira linha ao combate do vírus e 83 casos de pessoas infetadas ou com contactos de casos confirmados.

O estudo serológico realizado entre 23 de maio e 4 de julho mostrou que 3,88% das pessoas testadas estiveram em contacto com o novo coronavírus, apesar de a maioria ter tido apenas sintomas ligeiros. Ou seja, o estudo revelou um número apreciável de casos de infeção assintomática que de outro modo não seriam detetados. Da amostra de profissionais de saúde testados, apenas 1% apresentou anticorpos para o vírus SARS-COV-2. Este baixo número de testes positivos numa população com maior risco de exposição, sugere que a implementação de medidas de proteção pessoal dos profissionais foi bem-sucedida.

Os resultados reforçam a importância de conduzir estudos serológicos para a definição de medidas precisas de contenção e resposta à pandemia.

Os testes serológicos utilizados neste estudo foram desenvolvidos pelo consórcio liderado pelo Instituto Gulbenkian de Ciência, serology4COVID que reuniu mais 4 institutos biomédicos portugueses da área de Oeiras e Lisboa (ITQB NOVA – Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier da Universidade Nova de Lisboa, iBET – Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica,  iMM – Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes e o CEDOC-NMS, Centro de Estudos de Doenças Crónicas da NOVA Medical School da Universidade Nova de Lisboa) e que contou com o apoio financeiro da Câmara Municipal de Oeiras, da Fundação Calouste Gulbenkian e da Sociedade Francisco Manuel dos Santos.

 

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