O puzzle da ciência: Quando diferentes peças se juntam para descobrir como sobreviver à infeção

5 Investigadores: 2 nomeados a Prémio Nobel, de 3 Universidades e 2 Institutos de Ciência em 2 continentes diferentes lideram o caminho para descobrir se os pacientes reagem melhor a tolerar uma doença em vez de combatê-la.
Laboratório
10 jun 2019

Poderá ser melhor tolerar doenças em vez de lutar contra elas? Uma nova linha de investigação está a ser desenvolvida por estes investigadores: silenciar o sistema imunológico e fornecer nutrientes as bactérias pode realmente melhorar a saúde.

Eles são Janelle Ayres, Instituto Salk, David Schneider, Universidade de Stanford, Ruslan Medzhitov, Escola de Medicina de Yale, Andrew Read, Universidade de Edimburgo e Miguel Soares, do Instituto Gulbenkian de Ciência e estão entre os melhores na área da Investigação da inflamação, diz The Scientist.

“A possibilidade única proporcionada pelo Instituto Gulbenkian de Ciência de realizar investigação fundamental em biologia orgânica, permite-nos explorar como a regulação do metabolismo do organismo impacta no resultado da doença”, afirma Miguel Soares.

“Combater as infeções não tem que ser uma guerra total”, diz Ayres, que tem vindo a propor que a tolerância a doenças é algo que o corpo pode fazer usando diferentes sistemas fisiológicos, como o metabolismo, para prevenir doenças.

Embora o nosso sistema imunológico esteja preparado para eliminar patógenos que causam uma infeção, estes 5 cientistas identificaram outro mecanismo, a tolerância à infeção: em vez de eliminar patógenos se houver uma mudança, o corpo adapta-se à infeção de tal forma que “tolera” a presença desse patógeno.

No Instituto Gulbenkian de Ciência, a equipa de investigação de Miguel Soares está focada na regulação do metabolismo do organismo como um provável mediador da tolerância à doença. Estudam a sepsis e a malária, entre outras doenças infeciosas, e chegaram à conclusão de que a inflamação não controlada explica apenas parte da doença”.

O que descobriram é que um colapso na produção de glicose, que leva à falência de órgãos, é outro grande motivo pelo qual a doença é tão fatal. Se esse problema metabólico pudesse ser resolvido, o grupo liderado por Miguel Soares descobriu que os animais poderiam sobreviver à infeção causadora da sepsis.

O estudo da resposta do organismo em doenças como sepsis ou malária, que afeta milhares de pessoas em todo o mundo, tem avanços em diferentes grupos de investigação.

Os avanços científicos de todos esses grupos dedicam-se a uma área que foi negligenciada e poderia realmente fazer a diferença no futuro: tratar e salvar a vida das pessoas. Imunologistas e médicos acompanham esses desenvolvimentos para aplicá-lo no tratamento de infeções e até mesmo para tratar o cancro.

Milhares de investigadores, todos os dias e em diferentes partes do mundo, lidam com questões, dúvidas e experiências para encontrar uma maneira de conhecer um pouco mais do mecanismo não revelado das ciências da vida e encontrar formas inovadoras de prevenir, tratar e melhorar a vida das pessoas.

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