Sob stress, a fotossíntese é comprometida e as plantas sobrevivem ao degradar as reservas de energia e os constituintes celulares. No novo artigo publicado no The Plant Journal, o trabalho desenvolvido no IGC pela equipa liderada por Elena Baena-González (Investigadora Principal no IGC e atualmente na Universidade de Oxford), encontrou um componente que é crítico para esta resposta de sobrevivência.
Elena Baena-González explica “as plantas estão sujeitas a diferentes stresses ambientais que comprometem a fotossíntese e a respiração (seca, inundações, pouca luz, etc.), o que causa um déficit de energia. Compreender os mecanismos que permitem a adaptação das plantas ao stress energético pode ajudar a desenvolver novas estratégias para aumentar a produtividade das culturas, especialmente em condições ambientais adversas”.
Leonor Margalha, uma das primeiras autoras do estudo, detalha que a investigação “revelou que a tolerância das plantas ao stress energético é dependente de um componente do complexo do poro nuclear, HOS1. O HOS1 permite a acumulação nuclear da cinase SnRK1, um sensor de energia nas plantas. Isso, por sua vez, inicia um programa de poupança de energia em resposta ao stress, por exemplo, ao suspender o crescimento e ao promover a remobilização dos recursos armazenados, permitindo assim a sobrevivência da planta”.
Após esta descoberta, a investigação vai continuar no sentido de esclarecer mais detalhadamente os mecanismos pelos quais o HOS1 promove a acumulação nuclear da SnRK1, e como estes influenciam outros aspetos do crescimento e do desenvolvimento das plantas.
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