A única escola de voluntariado do país vai andar de Norte a Sul a dar formação

A primeira escola de voluntariado do país pretende formar e preparar organizações não-governamentais do Interior, para melhor gerirem os voluntários que recebem, através do projeto VOAHR (Voluntariado Organizado para uma Ação Humanitária de Referência).

 

O projeto ‘VOAHR Interior’, da associação ‘Pista Mágica’, vai chegar a 30 organizações fora dos grandes centros urbanos. É a primeira e única escola de voluntariado do país e defende que a ajuda deve resolver problemas e ser eficaz, quer para a organização que recebe o voluntário, quer para quem usufrui dele, sem esquecer quem oferece tempo para ajudar.

Susana Godinho, da ‘Pista Mágica’, explica que o objetivo é sair do “paradigma do voluntariado por caridade, para fazer o bem” e tentar que quem participe o faça de “forma profissionalizada, com objetivos para alcançar resultados”.

De acordo com um estudo da Fundação Gulbenkian, e da Universidade Católica, “a maior parte das organizações revelou que tem dificuldade em integrar voluntários porque têm hábitos e rotinas cristalizadas”, o que, diz a responsável, “impede a mudança”.

Assim, e para que esses resultados apareçam, Susana Godinho explica que “o grupo alvo destes projetos são os dirigentes, os corpos sociais que são voluntários, e os técnicos que trabalham diretamente com os voluntários ou que venham a ser gestores de voluntariado”.

Além da formação, o projeto prevê um acompanhamento direto a cada uma das organizações. “Vamos estar dentro das organizações e trabalhar com elas as suas necessidades, públicos, programas, voluntários, como é que estas entidades estão a fazer a sua gestão de voluntariado, se estão a aplicar as ferramentas que lhes transmitimos, se integraram mais voluntários e se integraram para áreas diferentes onde não havia voluntários”, esclarece.

A coordenadora do ‘Projeto VOAHR’ Interior admite que ainda há resistência ao trabalho do voluntário, por se recear de que estas pessoas venham substituir trabalhadores remunerados, o que leva à necessidade de fazer um “forte alerta”.

“As pessoas ainda têm muito medo que um voluntário vá roubar um trabalho remunerado, Explicamos que não é isso que se pretende, nunca um voluntário vai trabalhar, do ponto de vista técnico, competências que sejam de uma pessoa técnica que está lá a desempenhar as suas funções e que é remunerada para isso”, justifica Susana Godinho.

O projeto é apoiado pelo programa Cidadãos Ativos e vai capacitar 30 organizações no Norte, Centro e Sul do país, tudo fora dos grandes centros urbanos. O projeto arrancou em janeiro e vai até dezembro do próximo ano.

 

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Atualização em 02 março 2020

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