Extrativismo interno: tecendo emaranhamentos espirituais, corporais e energéticos

Ecologias Imateriais. Encontros para reconectar a terra e o corpo.

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Reunindo profissionais de várias áreas, esta conversa pretende tecer relações entre as noções de energia, corpo, linguagem espiritual, presença e ausência. Serão introduzidos vários conceitos relacionados com as «Ecologias Imateriais», desvendando algumas formas de navegar as suas dimensões espaciais e temporais.


Língua Gestual Portuguesa
Interpretação assegurada pela Hands Voice


Programa

17:00 / Abertura

Alejandro Alonso Díaz – curador (Espanha)
Rita Fabiana – curadora (Portugal)

17:15 / Apresentações dos oradores e conversa

Cara New Daggett – investigadora em ciência política (EUA)
Michael Marder – investigador em filosofia (Espanha)
Saodat Ismailova – realizadora e artista (Uzbequistão)
Com apresentação em vídeo de Marie Bardet – investigadora em filosofia (França)

Moderação:
Alejandro Alonso Díaz – curador (Espanha)
Rita Fabiana – curadora (Portugal)

18:45 / Perguntas e respostas


BIOGRAFIAS

Cara New Daggett é escritora e investigadora no campo da política energética. Na sua obra, interliga os temas da energia, do trabalho, das procuras utópicas e das uniões sindicais com as culturas petrolíferas, a petro-masculinidade e o ecomodernismo, refletindo sobre crescimento, dependência, endividamento e transições energéticas para lá do extrativismo. O decrescimento, o desejo, o prazer, a ciência feminista e as novas estratégias narrativas revelam-se como ingredientes chave para a reinvenção de modos de vida ecologicamente generosos na Terra.

Michael Marder é professor investigador IKERBASQUE no departamento de Filosofia da Universidade do País Basco (UPV-EHU), em Vitoria-Gasteiz, Espanha. A sua escrita abrange os campos da teoria ecológica, fenomenologia e pensamento político.

É autor de numerosos artigos científicos e monografias incluindo Plant-Thinking: A Philosophy of Vegetal Life (2013); Phenomena–Critique–Logos (2014); The Philosopher’s Plant : An Intellectual Herbarium (2014); Dust: Object Lessons (2016), Energy Dreams: Of Actuality (2017), Heidegger: Phenomenology, Ecology, Politics (2018), Political Categories: Thinking Beyond Concepts (2019), Pyropolitics: When the World is Ablaze (2015, 2020); Dump Philosophy: A Phenomenology of Devastation (2020); Hegel's Energy: A Reading of The Phenomenology of Spirit (2021); Green Mass: The Echological Theology of St. Hildegard (2021) e Philosophy for Passengers (2022), entre outros.

Saodat Ismailova, natural de Tashkent, Uzbequistão, é artista e realizadora. Licenciou-se pelo Tashkent State Art Institute no Uzbequistão e no Le Fresnoy – Studio National des Arts Contemporains, em França. Os seus filmes e instalações vídeo foram apresentados na Bienal de Veneza e nos festivais internacionais de cinema de Roterdão, Berlinale, CPH:DOX, etc.

As suas obras integram coleções como as do Stedelijk Museum (Amsterdão) e do Centre Pompidou (Paris).

Em 2022 Saodat Ismailova participou na exposição principal da 59.ª Bienal de Veneza e apresentou novas obras e o grupo de investigação Davra na documenta quinze, enquanto artista membro da plataforma lumbung.

Foi galardoada com o The Eye Art and Film Prize em 2022.

Alejandro Alonso Díaz é curador e escritor. A sua prática examina os encontros metabólicos entre as estruturas do conhecimento naturais, sociais e poéticas. O seu trabalho tem como objetivo desdobrar-se sob a forma de uma epistemologia íntima, contínua e emaranhada em noções de ecologia, amor e resiliência, muitas vezes baseada numa investigação das potenciais formas de existência e alteridade radical.

Foi curador e contribuiu para diversos projetos, incluindo na FUTURA (Praga), Serpentine Galleries (Londres), Fundación Botín (Santander), CAAC (Vílnius) e documenta quinze. Os seus textos têm vindo a ser apresentados em publicações como Frieze Magazine, Mousse, Terremoto, bem como em várias outras publicações internacionais, catálogos de exposições e monografias. Presentemente, é coeditor (com a INLAND) do livro Microbiopolitics of Milk (Sternberg Press, 2022).

Díaz é diretor da fluent, uma organização dedicada à arte contemporânea que produz e apresenta ciclos de exposições, textos e programas públicos.

Mestre em História da Arte pela Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne e pós-graduada em Estudos Curatoriais pela FBAUL, fez também formação complementar em Conservação de Fotografia e Preservação de Espécies Fotográficas, e em Conservação Preventiva – Ambiente nos Museus.

Entre 1988 e 1989, realizou escavações arqueológicas no Teatro Romano de Lisboa, sob a orientação do professor Dias Diogo. De 1995 a 1999, trabalhou no Arquivo de Arte (Coleções de Fotografia Portuguesa) da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), na equipa de Investigação, responsável pelo estudo, inventariação e curadoria dos acervos fotográficos.

Entre 2000 e 2010, trabalhou no Serviço de Belas-Artes da FCG, onde coordenou o Setor de Artes Plásticas e Exposições (apoios e subsídios), fez curadoria e coordenação de exposições, coordenação de projetos de investigação, projetos editoriais e projetos de edição digital. Organizou e participou em júris internacionais (residências artísticas internacionais).

Em 2010, integrou a equipa do Centro de Arte Moderna da FCG, como curadora de exposições e responsável de Coleção (escultura e instalação), colaborando ainda na área distributiva, no campo das artes visuais (pareceres, júris e programa de visitas de curadores internacionais). Como curadora responsável pelo acervo de escultura e instalação da Coleção Moderna do Museu Calouste Gulbenkian, tem participado em várias exposições da Coleção. A este título, tem investigado e reativado um conjunto de instalações históricas de artistas como Ana Vieira, Alberto Carneiro e António Ole. Tem sido responsável, regularmente desde 2006, pela curadoria de exposições de artistas contemporâneos, portugueses e estrangeiros, como Leonor Antunes e Gabriela Albergaria, Ricardo Jacinto, Vítor Pomar, André Guedes, A Kills B, Ana Jotta e Ricardo Valentim, Tamás Kaszás, Emily Wardill, Yto Barrada, Irineu Destourelles e Manon de Boer (esta última com Susana Gomes da Silva), entre outros. Foi curadora de uma exposição antológica de desenho de Jorge Martins (2008) e das primeiras retrospetivas dedicadas aos artistas José Escada e Túlia Saldanha (esta com Liliana Coutinho) e cocuradora da retrospetiva dedicada a António Ole (com Isabel Carlos).

Desde março de 2016, é coordenadora de programação do Museu Calouste Gulbenkian.

Tem textos em catálogos e artigos em revistas, como a Contemporânea e a OEI (# 80-81, 2018), esta última dedicada a Ernesto de Sousa e às vanguardas em Portugal. Mais recentemente, participou na mesa-redonda «Colaboração nas Artes em Portugal», no âmbito da conferência «Campos de Colaboração nas Práticas Artísticas Contemporâneas» (ICNOVA, IHA, IFILNOVA e Culturgest, 2019). Em colaboração com as associações feministas afrodescendentes e da diáspora africana Djass, Femafro, Inmune e Padema, e com Marta Lança e Filipa Vicente, programou e organizou o encontro internacional «Where I (We) Stand», para debater a descolonização, não só da História, dos corpos e das narrativas, mas igualmente da própria estrutura do museu, enquanto lugar de representação e produtor de conhecimento (CM-MCG, 2019).

Lecionou um seminário de curadoria e produção de exposições no mestrado de Estudos Curatoriais do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra (2014-2017), e participou, enquanto avaliadora externa, no MFA da Malmö Art Academy (2018).


ECOLOGIAS IMATERIAIS

«Ecologia Imateriais» é uma programação que inclui conversas, concertos, performances, sessões de poesia e outras práticas artísticas em torno de reflexões sobre as dimensões imateriais e espirituais da ecologia.

Saber mais

A Fundação Calouste Gulbenkian reserva-se o direito de recolher e conservar registos de imagens, sons e voz para a difusão e preservação da memória da sua atividade cultural e artística. Caso pretenda obter algum esclarecimento, poderá contactar-nos através do formulário Pedido de Informação.

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