O desenho e o lugar: técnicas secas
Ciclo de oficinas de desenho
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Data
- / Cancelado / Esgotado
Local
Jardim GulbenkianO desenho é uma das formas mais atentas de olhar. Ler um espaço, uma paisagem, a arquitetura através do desenho é também dialogar com o lugar, captar a sua essência. Este ciclo de desenho tem lugar em vários cenários do património da Fundação — Edifício e Jardim. São seis oficinas de desenho e seis materiais diferentes, um em cada sessão. No final, cada participante irá conhecer o Jardim e o Edifício Gulbenkian intimamente, e trabalhar as várias técnicas secas propostas — conhecer os materiais, suas limitações e potencialidades, saber controlá-los, usar a habilidade motora e desenvolver a perceção através da prática, da atenção e do foco. Um ciclo para todos os que se interessam pelo desenho — ver, perceber, criar, transformar.
Conceção e orientação
Mário Linhares
SESSÕES
É a técnica mais universal em desenho. As minas que conhecemos, muitas vezes protegidas por madeira — lápis, são compostas pelos minerais grafite e argila. Estas minas podem ser mais duras ou mais macias consoante a quantidade de argila presente. A grafite produz um traço de várias gamas de tons de cinzento e proporciona uma técnica muito expressiva e versátil.
Materiais: lápis de grafite (HB, 3B e 6B) e diário gráfico ou papel.
Nesta sessão vamos aprender a ter critério na utilização das cores. Em vez de se usarem todas juntas, vamos trabalhar com pares cromáticos para definir a profundidade.
Materiais: lápis de cor (caixa com 12 cores).
A sanguínea é uma mistura de caulino e hematita e tem um tom castanho-avermelhado escuro semelhante à terracota, textura semelhante à do giz, e existe numa só dureza. É uma técnica que foi muito usada por Leonardo da Vinci, Rafael e Rubens.
Materiais: sanguínea (em lápis seco e oleoso), lápis de cor branco e preto e diário gráfico ou papel.
Desenhar a caneta implica não poder apagar, por isso a observação tem de ser mais atenta. Um desenho apenas a preto é totalmente diferente de outro feito com marcadores coloridos. Vamos explorar hipóteses e conjugar técnicas.
Materiais: canetas pretas e coloridas (esferográficas, feltro e marcadores) e diário gráfico ou papel.
O carvão vegetal é geralmente madeira queimada. É um dos materiais mais antigos para o desenho. Os tipos de carvão mais usados pelos artistas para desenhar são o carvão de salgueiro, vinha e carvão comprimido. O carvão vegetal é usado com movimentos amplos do braço, é um excelente material para efeitos de sombreamento e é muito fácil de apagar.
Materiais: carvão (prensado e natural), borracha-pão e borracha branca, e diário gráfico ou papel.
O pastel seco e o pastel de óleo são materiais coloridos que usam técnicas distintas e têm resultados também diferentes. Enquanto os pastéis secos são conhecidos pela sua textura aveludada, os pastéis oleosos proporcionam velaturas mais opacas, mais intensas e com capacidade de cobertura. Enquanto o pastel seco já era usado por Leonardo da Vinci, o pastel de óleo surgiu nos anos 60 e foi muito usado por pintores como Picasso, Degas e Turner.
Materiais: pastéis (secos e oleosos) e diário gráfico ou papel.